[Ficha] Arie

Naquele inverno estava mais frio do que o de costume, pessoas com guarda chuvas e bastante vestimenta tentavam fugir do frio como também da neve enquanto andavam pelas ruas da cidade. Uma das casas se destacava das outras, uma mansão de bastante ostentação poderia ser vista no alto de uma montanha de qualquer lugar daquela ilha. Uma mansão que pertencia ao nobre mais influente da região, um homem que tinha conseguido poder através de conexões com o submundo do crime como também de outros nobres mais influentes que desejavam poder em sua grandiosidade. Nessa mansão cercada de guardas a vida era boa para seus moradores, moradores que nunca saiam de sua residência e não sabiam como era o mundo exterior, crianças que nunca tiveram o prazer de brincar com outras crianças e mulheres que nunca tiveram seu primeiro amor. Todos os filhos do nobre eram instruídos desde pequenos a educação e os bons costumes dos nobres. Apesar de querer conhecer o mundo exterior o local era bem guardado por inúmeros guardas que nem mesmo o menor roedor conseguiria ultrapassar suas defesas, porem naquele dia algo aconteceu. Um homem com um grande manto negro se aproximou da porta da mansão, seus olhos pareciam felizes como também sua expressão corporal. Como era de se esperar foi parado no portão, não poderia dar mais nenhum passo a frente, porem ele foi mais alem. Uma explosão era ouvida, um ataque estava acontecendo, silhuetas de homens como também mulheres era visto por entre as arvores ao redor da mansão naquela montanha. Gritos, o som do rasgar de carne como também balas poderia ser ouvido por toda a missão e talvez mais. Em sequencia outras explosões eram ouvidas de todos os quatro cantos da mansão ultrapassando suas muralhas, pessoas com expressões de realizações em seus rostos demonstravam sua convicção retirando um pino que as mantinham vivas de dezenas de bombas em seus corpos. Em honra ao sacrifício muitos outros ultrapassavam pelo buraco que os mártir haviam criado e logo a defesa impenetrável não era mais tão seguro assim. Como era de se esperar o nobre se preparou para partir, não poderia ficar mais nem um minuto ou sua cabeça iria rolar onde seus pés agora tocavam. Porem suas pernas poderiam ser rápidas mas mulheres e crianças não pareciam ter a mesma sorte. Sangue e gritos eram visto por toda a residencia, o filho mais novo do mesmo parecia pegar uma faca de cozinha, uma tentativa fútil de conseguir parar um ataque sedento por sangue de centenas de pessoas. Em sua frente uma visão, o corpo que antes era de seu pai sem sua cabeça e uma figura bastante característica em sua frente. Seus olhos pareciam grandes cachoeiras de lagrimas, suas pernas seguiam em direção ao homem com uma severa violência. O homem sem qualquer esforço sacava sua espada e atingia o olho direito do garoto com sua lamina que o fazia sangrar como um porco. Porem ainda não tinha acabado, não para o jovem nobre que tremia de raiva enquanto com o sangue de seu olho em mãos jogava no homem e com sua pequena faca de cozinha atingia em cheio sua barriga. O algoz parecia surpreso ao ver que em meio ao glamour existia alguém com espirito de luta, mesmo atingido o homem dava um sorriso enquanto segurava o garoto com suas mãos fortes e o levava para fora, parecia querer demonstrar algo para o mesmo, algo que ele mesmo nunca tinha visto antes. Ao chegar ao lado de fora o garoto conseguia ver, como conseguia, sua mansão ao meio de barracos feitos de barro ou algo semelhante a palha enquanto pessoas morriam de fome. Gritos de alegria como também palavras de agradecimento também era possível escutar. As pessoas que antes seu pai se aproveitava agora estavam livres, livres do domínio tirano. Aquela imagem fez com que tudo que no qual aprenderá uma vez desmoronasse, seu pai que tanto idolatrava na verdade não era o que o mesmo imaginava. - Apenas os fortes sobrevivem a nova era que irá chegar. Seja forte e talvez nos encontremos novamente. -  O homem jogava o garoto ao chão enquanto junto de seus companheiros sumia nas sombras.