[Mesa] League of Legends: Gameando, bebendo e se divertindo acima de tudo!

Eu precisava me preparar para aquele evento em que algumas coisas seriam decididas. Não estava tão ciente das ideias "explosivas" da senhorita Amy, mas, conhecia seu apreço pela pólvora e imaginava que sua defesa seria um possível ataque. É claro que eu preferia se possível não ser forçada a recorrer para nenhum destes artifícios mais violentos. Sendo bem franca, este preparativo é mais para um possível encontro indesejado com toda instabilidade que  nos cerca do que para qualquer possível problema realmente proveniente do evento de gala que comparecia apenas como outra pessoa de certa influência interessada em negócios.

Sentada de frente para o espelho novamente chamo o meu mordomo que antes tinha conversado comigo. - Querido, por favor separes alguma quantia e prepares alguns fundos de investimento atribuídos ao poder financeiro de Nori... Estarei saindo a negócios esta noite. Digo sorrindo com certa serenidade enquanto escolho algumas joias. Por fim opto apenas por um colar de ouro com rubis e uma maquiagem que não é tão chamativa. Uso ainda algumas pulseiras igualmente douradas, assim como o adorno de meu vestido, mas, sem pedras para estes. O vestido tem o vermelho das pedras e de meu gosto tão arraigado no tom que me é tão intrínseco, talvez, por uma herança distante da influência de Noxus nos primórdios de meu baronato, apesar de isto não refletir nenhuma relevância comportamental perceptível.

Meus homens, que descansaram durante a pausa de seus serviços, provavelmente estariam aptos a novamente nos proverem uma escolta confiável. O líder destes era para quem me direcionava a priori, erguendo a minha mão espalmada para baixo de forma que ele me concedesse algum apoio para descer o final da longa escadaria até a saída da mansão e naturalmente adentrar nosso meio de transporte onde aguardaria por Amy. Paciente, esperando que apesar de suas loucuras ela tivesse alguma consciência sobre a importância e cuidados para este tipo de evento que pode ser bastante delicado.

>> vestindo <<
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O armamento construído por Amy era... Consideravelmente peculiar. Conseguia dizer sem dificuldades que seus apreços eram direcionados para um aspecto bastante infantil, o que era natural considerando sua jovialidade que não acompanhava o seu conhecimento. Não reclamaria, arma é arma, e, aquela era uma que ela carregaria consigo mesma, além de conseguir facilmente ser vista como apenas uma boneca inofensiva mesmo para olhos mais apurados que lhe identificassem como uma máquina por suas funções de "dança". - Senhorita Estouro então, espero que não tenhas a menor necessidade em utilizá-la. Minhas palavras que inicialmente não tinham tanto peso, logo mais teriam, mas, inicialmente apenas voltava minha atenção para elogiá-la por sua primeira fala. - Bem, se não pelos modos, conseguiria dizer facilmente que serias uma irmãzinha bela e adorável que adoraria levar em algum café caro ou semelhante. Bem, entretanto isto não parece apetecer nem a ti nem com esta que lhe fala.

Quando chegamos naquele ambiente me surpreendi por sua magnitude, observando calmamente aquele cenário que era sufocante. Pergunto-me sobre o convite e sobre a forma como tudo ali era tão... Político. Estrangeiros passeavam, iam e vinha provavelmente encantados, ou, planejando seus próprios esquemas. Começo a perguntar-me sobre valores que serão encontrados naquele leilão, pois, ainda que eu estivesse consideravelmente interessada, não seria sábio percorrer uma rota que provocasse uma falência em troca de algo momentâneo. Meu interesse, porém, vem de algo que provavelmente não nutre tanta rivalidade internacional, visto que além Piltover e Zaun, normalmente não há tanta tecnologia de criança. Esperava que estes estivessem mais interessados em itens prontos, enquanto eu por outro lado queria materiais de confecção.

Era no meio deste devaneios em passos lentos que via aquela mulher. Sua beleza perdia apenas para sua imponência. As lâminas em suas pernas e seu corpo forjado, seus seguranças tão conhecidos, sua presença era algo que simplesmente não podia ignorar, seja por admiração, ou, pois minha primeira competidora de peso por materiais fazer-se presente. Ou talvez não? Pelo que tenha ciência a família Ferro normalmente não possui interesse em comprar material, em verdade, é mais comum que eles sejam os fornecedores, visto que estes detém o controle de boa parte das "minas" de cristais. Era justamente seu quase monopólio que me fazia interessar-me por outra "fonte" de tecnomagia provinda de Targon.

Caminho calmamente em sua direção, seguida por meus guardas, e, também observando se os seus teriam uma posição hostil em direção à mim. Não daria tantas brechas, pois, em uma distância considerável prestaria certo respeito ao colocar a mão em meu peito e curvar-me sutilmente em um cumprimento respeitoso. - Senhorita Ferro, é uma honra prestigiar um evento que vossa graça far-se-á presente. Apesar da educação, seria tudo que faria antes de retirar-me após erguer-me. Uma imagem de admiração e também um alvo, ela nutria ambas as figuras para mim, pois, ela era o que eu mirava ser, e, o que eu mirava superar. Apenas a sua presença inclusive já me motiva a pensar em novas coisas, chamando após afastar-me um pouco o meu Guarda de maior confiança para um espaço mais reservado.

Quando ele me acompanhasse nos afastando um pouco falaria calmamente. - O vislumbre do alto sufoca expectativas limitadas e planejamentos fracos... Qual seria a possibilidade de mandarmos alguém de certa confiança para investigar a situação de Targon e a floresta ao sul onde os ferro tiveram problema em avançar? Havia interesse em ambos os locais dos quais tecnologias novas poderiam ser criadas e aproveitadas. Cuidando do hoje, através do leilão, sem deixar de ser visionária perante tudo aquilo que era tão intimidador. Voltaria para Amy e os demais guardas, deixando inclusive que a engenheira guiasse o nosso tour inicial por ali. - Muito bem, Amy, guie-nos e nos mostre os maiores interesses pelos olhos de uma profissional.

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Muito coisa havia acontecido aquela noite, e, muito, muito dinheiro havia sido gasto. Era questionável se aquela era uma noite a comemorar-se ou a lamentar-se com todos os recursos que haviam sido despendidos, mas, as possibilidades certamente ampliavam-se em meu horizonte agora que tinha mais do que apenas desejo. Os reparos na loja de armas da família Nori também havia sido finalizado, o que volta a colocar uma renda considerável que pode me ajudar a reconstruir a fortuna que abri mão. Respiro calmamente enquanto me perco em algumas contas por um breve instante, finalmente degustando um pouco do champanhe que evitei até então.

O sabor adocicado que lembra o de pêssego em meus lábios, me despertando dos devaneios controversos para lembrar-me da agradável companhia que possuo aquela noite, inclinando-me de lado em um sorriso sutil. - Estás tão quieto. O que ocorres contigo? Pergunto erguendo a taça convidando-o a beber um pouco também enquanto com a outra mão chamo Dark. Me ergo para sussurrar ao ouvido do homem. - Tomeis conta de algumas formalidades para mim, sim? Envieis meus cumprimentos ao homem com chifres e se possível descubra sua casa e família. Ele parece interessante. Faça o mesmo com os outros com quem competi mais diretamente ou cumprimentei, agradeça-os pela boa companhia. Ah sim, mais importante que isto, envieis alguém para conversar com os Lunari com um cartão meu, peça-os que me visitem para ter uma conversa, que eles terão interesse no que tenho a dizer. Façais o possível sem assemelhar-se à algum tipo de ameaça. Depois partiremos.

Educadamente procuro o vislumbre de Ezreal enquanto me levanto, cumprimentando-o ao erguer de minha mão em despedida. Quando este voltasse sua atenção com aqueles com quem conversava, virava-me novamente ao loiro de olhos bastante curiosos. - Tu virás comigo? Coloco a mão à frente de modo que possa conduzí-lo para caminharmos ao exterior, se ele não tivesse mais negócios ali. Se tivesse, diria calmamente que se ele tivesse interesse, o esperaria do lado de fora com Dark após este terminar de repassar minhas ordens. Após algum tempo ali, com os guardas reunidos novamente e o dançarino em nossa companhia, caso ele viesse, o convidaria a prosseguir até algum local próximo com espaço para conversarmos e possivelmente quartos para dormirmos. Não confiava no homem ainda o suficiente para levá-lo até o interior de minha residência. Deixaria Amy com um grupo de outros guardas também para que seguisse até minha casa. Suas ordens eram simples, sintetizar a guinsoo, o ampliador e uma entre as gemas em uma arma que ficasse em minhas mãos sem chamar tanta atenção e que eu não precisasse ficar equipando e desequipando com frequência como uma arma por exemplo.

Algum restaurante mais luxuoso, e, logo conduziria o homem a sentar-se comigo. - Gostarias de uma bebida? Questiono enquanto solicito ao garçom que traga um copo de água com gelo e limão, não muito interessada em embriagar-me. - Quando o livro chegar, entrarei em contato para que possas lê-lo. Antes disso tratemos de outros assuntos. Tu sabes por Dark que tenho interesse em tomar conta da sua carreira. Houve bastante holofote em tu nesta noite, certamente haverá pessoas que gostariam de assisti-lo outras vezes. Se deixares, pretendo organizar eventos, dividindo o lucro líquido obtido em um valor inicial de 60% para mim e 40% para ti, considerando os riscos de investir em um artista ainda desconhecido. Por outro lado, aproveitarmos o momento que certamente atrairá público entre a aristocracia Piltovense, e, com o tempo podemos ir reajustando os termos conforme eles se tornem mais favoráveis. O que achas?

Esperaria sua resposta, e, sendo favorável, solicitaria que Dark providenciasse posteriormente o contrato para formalizarmos. Outro coisa que seria feita caso fosse de comum acordo, era inclinar-me em minha direção do homem sutilmente, falando em um tom mais cálido. - Bem, se estes negócios estiverem findados, creio que esteja bastante cansado de sua viagem... Há alguns quartos neste local, se permitir, adoraria acompanhá-lo até suas... Acomodações. Por minha conta esta noite por nossos bons termos. Se a proposta de antes fosse negada me sentiria menos inclinada a ser tão expansiva, principalmente considerando os custos gastos antes, relutante se poderia continuar sendo tão ávida em consumir. Era um limiar de diferença entre felicidade de vários investimentos e relutância por vários custos.

No melhor cenário, o homem sentiria por fim minhas mãos empurrando suas costas, apertando sua cintura e peitoral contra a parede enquanto o envolvia por trás mordendo sua nuca depois de com os dedos deslizar os fios de seu cabelo cumprido. Esta mesma avança arranhando por cima de seus mamilos ainda vestidos até o ponto em que sua calça começa a ser lentamente removida. Toques quentes com seu corpo esguio entre meus braços, um movimento quase egoísta, dominante, em que sequer havia tirado as minhas roupas. Meu prazer estava em sua respiração, em vê-lo novamente, se com sucesso, esboçar a mesma feição tão bela que fez ao dançar, ali, prensado contra a parede com sua cintura arqueada para mim enquanto buscava lhe levar ao êxtase. Ao fim de tudo, colocando a mão em meu peito após afastar-me me despediria educadamente como se nada tivesse acontecido. - Tenhas uma boa noite. Assim voltando aos meus homens, e, por consequência a minha casa após pagar uma noite no homem no possível hotel. - Dark, comece a preparar um evento em algum estúdio mediano, contrates alguns dançarinos e musicistas mais rasos e anuncie-o como a estrela da noite. Vamos ver se conseguimos algum retorno. É claro, tentes ter o mínimo de custo para o máximo de glamour dentro do possível, e, se precisar me consultes. Precisava descansar-me de muitas coisas.

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Poderia consolar-me por medidas fúteis, alegar à mim mesma que fins eram inevitáveis e que todos estavam fadados ao mesmo destino de deitar-se sobre o seio da morte, mas, isto não era tão verdade. Leal, competente, partindo tão jovem pela minha falta de proficiência e percepção. Sou uma mulher fria, reconheço, e, dou pouco valor à maioria das pessoas enquanto estas não me são úteis. A verdade é, talvez mesmo a minha tristeza seja proveniente desta lacuna vazia que era preenchida de forma tão solene por meu braço direito.

- Dark… A quem queria enganar, bastava um momento de distração para o gosto amargo do nome preferido por meus lábios ressoarem em meu âmago. Não havia mais um “Dark” para responder à mim. - Thomasin, venha aqui por favor. Falo em tom fraco esfregando meus dedos contra minhas pálpebras cansadas, arfando lentamente, ponderando sobre meus próximos passos. - Cuide dos últimos preparativos da apresentação de Saito e a faça tão breve quanto possível. Anuncie que será feito um grande anúncio e que ele será importante ao progresso de Piltover, e, dependendo de para quem for esta notificação, também de Zaun.

Me inclino em minha poltrona para trás observando o homem que cumpre mais um papel de setor administrativo da mansão que outras coisas, mas, confiando em suas capacidades como também alguém próximo. - Cobraremos entrada e tente atrair um público que se interesse por investimentos e queiram investir na fundação de uma universidade e academia. Preparem bebidas e outros produtos que possam vender igualmente, de forma que possamos arrecadar bem para a construção. Antes que eu me esqueça, envie convites e cortesias aos seus pais por mim, não acho que consiga encará-los pessoalmente ainda.

Com pouco tempo e muitos compromissos, quase me arrependo das minhas decisões que colocaram tanta pressão em meus ombros, que, se antes pareciam leves, agora pareciam agonizantemente pesadas. Visto um roupão um tanto preguiçosamente, cobrindo meu corpo quase por completo e me aquecendo o suficiente para dizer que era confortável enquanto caminho até a oficina local e a loja que era uma herança reformada conectada à mansão. Meu alvo não era outro se não a jovem que Sett me confiou em busca de fiscalizar o seu trabalho e também conversar um pouco.

- Como está as soqueiras para Sett? Está apreciando trabalhar diretamente com Hexita? Sorrio forçadamente enquanto me apoio em um local próximo. - Bem, não vou ficar aqui muito tempo lhe pressionando, afinal tem de trabalhar e confio nas suas capacidades. Cruzaria meus braços e caminharia pelo ambiente sondando os negócios. Eles não iam tão bem quanto poderiam na verdade, então, era bom vê-lo com meus próprios olhos. Me decepciona um pouco, mas, era um começo e começos poderiam ser complicados. Ao menos ainda era uma receita positiva a que eu recebia.

Com isto feito, retornaria meus passos pela longa escadaria procurando novamente por meu secretário e mordomo, ponderando que normalmente isto não seria seu ofício e assumir o seu papel e o de Dark tornaria-se muito pesado à longo prazo. Precisaria substituí-lo eventualmente, considerando fins administrativos, ainda que isto fosse lamentável. - Thomasin, cuide dos preparativos da construção de uma academia. Faça-a grande, não me importa se faltam fundos, o show deve complementar aquilo que talvez ainda não teríamos, e, com sorte acumularemos mais alguns investidores, além de isso ter um retorno possível posteriormente em mão de obra e crescimento. Me justificava sem uma razão aparente. - Além disso, delegue a sua função na residência provisoriamente à outra pessoa e seja meu assessor pessoal por um tempo. É claro, se preferir posso delegar a função à outra pessoa, não o forçaria.

Ainda havia o possível retorno dos espiões, uma mensagem dos meus acordos que poderiam chegar à qualquer momento, a preocupação dos dois, agora três, que estavam sendo procurados. Tinha de dar uma boa recepção a Kei, e, possivelmente me despedir de Ekko. Onde você está quando mais preciso de você? Deveria me agarrar na esperança de que meus olhos me enganaram? Quando Thomasin afasta-se, me sento à margem da cama me encolhendo entre meus joelhos. Há uma empregada ainda no canto, mas, é um limite que já não consigo mais conter. As lágrimas que não foram completamente derramadas desde aquele momento, quentes sobre as minhas coxas nuas, entre choramingos de lamentos baixinhos. - Poderia trancar a porta por favor? Não quero que mais ninguém entre de surpresa. Falo para a mesma em um tom abafado pelas minhas pernas e tão contido quanto possível.

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