[MISSÃO] Your smell, life is bad

Um tolo o homem que teria assassinado por engano a mulher do investidor local, mas, conseguia entendê-lo a garota raposa, era difícil conter-se quando o assunto era desfrutar do sangue de seus alvos e em meio ao deleite, aqueles que também não são alvos acabam levados junto a euforia de desfrutar da morte e seus prazeres.

Uma pequena viagem era envolvida, feita a passos velozes e ágeis, em busca de Shirotsume Town. A sensação gélida daquele lugar era de algum agrado para Chinokawaki, afinal, com sua pelagem volumosa de suas nove caudas o calor era uma sensação sofrida para a mesma que preferia evitar.

Possuía a localização em questão, era dado prévio daquela missão visto que seu requisito em questão era interno de um membro em si daquela facção que tinha cometido um deslize. Uma casa grande, mais parecia uma mansão na verdade, seria noite aquela hora, quando os moradores dormiam, alguns guardas estariam por ali, e, cada vez mais aproximava-se a hora que eu deveria estar voltando para dar a “notícia”.

Por entre as sombras saltando por alguns muros, aproveitando-se de sua destreza para estes atos, subiria por entre as folhagens que envolviam uma escada até o quarto da mesma que ficaria no segundo andar, podia sentir o cheiro do sangue envelhecendo conforme aproximava-se dali a garota raposa. Uma brisa gélida corria por seus fios lilases de seu cabelo e de suas caudas, enquanto fitava o cenário pela janela a qual esgueirava-se. Mas como faria para forjar a culpa de outra pessoa em um cenário já maculado como aquele, de forma que fosse convincente?

Passos lentos até a porta e um toque leve na maçaneta lhe faziam ver que estaria trancada por dentro, ninguém havia entrado, talvez não se importassem tanto com o que acontecia com a madame ali. Seria justificado? Começaria a abrir sem bagunçar algumas gavetas da senhora do investidor, imaginando se sua brecha poderia vir da mesma. Não demoraria muito, encontraria ali algumas cartas de amor e pelo seu conteúdo, certamente não seriam de seu marido.

Haviam também algumas que pareciam escritas pela própria senhora, ainda não enviadas, era uma oportunidade peculiar de fazer aquilo. Com sua própria caneta começaria a imitar sua caligrafia para escrever uma carta de término com o tal amante, explicando que amava seu marido, como se isso pudesse ser verdade, soltandos alguns risinhos bem baixinhos enquanto o fazia. Logo após mergulharia a carta em um pouco do seu sangue quase seco, soltando-a ali e voltando a mesa para uma escrita de outra carta.

A partir das que esta recebeu, alteraria a caligrafia para a de seu amante, em uma carta em desespero e paixão, como a que ela sentia pela morte, entre ameaças e carinhos, uma despedida revolta no fim de todo o escrito, com os dizeres que como me pediam culpavam uma das guildas oficiais. “Eu apenas queria que você fugisse, viesse para junto de mim aqui na Sabertooth, mas você preferiu continuar sofrendo com ele, se você não é minha, não será de mais ninguém”.

Apoiada sobre a mesa e assinada por cima com a caneta molhada ao sangue, em letras escarlate, duas letras qualquer, KD, como se despedisse dela ainda que ela não lesse, marcando isto com o sangue da mesma, se este tivesse conferir ou até, se apenas por conclusão, poderia-se aferir até ser do próprio.

O circo estava armada, a maga só precisava sair para que o palhaço fizesse seu papel de acreditar em tal ilusão, da mesma forma que entrou saiu, rápida e saltando, porém, desta vez não tão sutil, envolta em um grande manto que cobria seu corpo, uma vestimenta masculina e com suas caudas espalhadas ao redor de seu corpo para parecer maior, deixava que os guardas vissem ela saindo e disparando rumo ao desconhecido, para que estes pudessem alertar sobre e não somente ela.

Uma viagem de volta a levaria novamente até a guilda, onde, rápida como só as notícias podem ser, o homem já estaria em prantos resmungando algumas palavras. As que mais me interessavam eram as que tinha trabalhado para aquilo. “Investirei ainda mais em você, quero vingança daqueles tigres malditos”.

Era impossível não rir um pouco em meu quarto, antes de descer e buscar minha recompensa com a própria guilda que me contratava, era minha primeira missão, mas devia confessar, que estava achando divertido aquilo.

- Trabalhou bem.

- Eu sempre faço bem.

Missão:

Após o fatídico êxito de sua missão anterior, um despertar interessante para o cunho furtivo fora aflorado ali pela guilda, porém, não era o que mais havia se destacado antes para o tal sucesso. Sua furtividade era apenas normal, já sua habilidade de movimentação fluida por terrenos complexos era o que mais se sobressai para um desempenho bom nestes casos, esperava que o tal S também conseguisse acompanhar as rotas adotadas por ela.

Não tardaria em encontrá-lo, como antes o tempo não era seu maior aliado e corria contra o relógio. O homem seria um comum qualquer, cabelos castanhos, porte físico comum, o que lhe sobressai era seu olho avermelhado em sua face como uma expressiva marca de força que traz uma certa insegurança para a garota raposa, além de é claro, um certo interesse na tentativa de exterminá-lo. Mesmo homens podem ter mortes belas, apesar de não ser seu prato principal.

Tudo era explicado pelo mesmo, não parecia que ela teria muito papel ali, uma guia turística talvez? Era como se apenas estivesse ali por estar, não apreciava muito a sensação disso e de ser subestimada. Fitava o seu pescoço almejando um deguste do seu sangue, não prestando muita atenção no que o mesmo dizia. Sua mente era desperta pela última palavra animada de seu parceiro ali, “vamos”.

Conhecia um pouco acerca do local, uma encosta próxima podia ser a brecha perfeita para uma aproximação repentina, buscaria tentar ir por esta. Em passos ágeis morro acima, logo estaria ali na encosta daquele morro. Dali era mais complicado e sinuoso o caminho pelo qual seguiram, Akunaki saltaria de pedra em pedra, ascendendo pelo morro e conduzindo o avanço. O tal S conseguia acompanhá-la, não parecia ser o expert no assunto, mas, por suas habilidades e destrezas adquiridas com o tempo tinha o suficiente para igualar-se a garota raposa.

Logo teriam o vislumbre que queriam, da zona estreita abaixo do pequeno penhasco, onde a caravana vinha já em seu campo de visão para passar por ali. Sentaria-se a margem, observando a cena e apontando para o local sinalizando. Bocejava no ato, afinal, dali em diante era o tédio de assistir a parte que Chinokawaki não participa, balançando as pernas e sentindo o vento a trilha sonora da luta que segue.

Não havia emoção, dado o efeito surpresa daquele ato e a força do homem, tudo corria bem rápido, o suficiente para Akunaki nem atentar-se apenas fitando o sol pondo-se no horizonte, o que era bem mais interessante e tinha ao menos cor de sangue, já que em baixo, tudo corria de forma bem pacífica.

O homem saltava novamente ao seu lado, desta vez porém acompanhado por uma mulher de fios verdes, não atraindo muito a atenção da garota raposa, ainda que esta estivesse ciente que para todo aquele movimento, era alguém muito importante para a guilda e também muito importante para o homem em questão, para que esse se arrisque e se exponha tanto. Era inevitável perguntar-se, se ela faria o mesmo por Domino ou Adhara, era possível que não, ou, talvez não conhecesse a força de seus próprios laços.

Pelo mesmo caminho que foram partiam, com Akunaki guiando o trajeto e a mulher, mesmo aparentando enfraquecida, conseguindo acompanhar sugerindo de onde vinham as causas de seu resgate. Logo estariam na guilda, onde ela receberia sua nova recompensa, e motivada por esta parte, era possível que seguisse dali para outro trabalho atrás da recompensa que envolvia.

Missão: