[MISSÃO RANK C]

Mais problemas para reserem resolvidos [...]

- O que ela está pensando, Azazel? Causando confusão em Oshibana de novo? Isso já está virando algo rotineiro

Esbravejava em alto e bom tom tais palavras, visando colocar em meu coração o real ódio por pessoas baderneiras. 

Naquela tarde, eu estava decidida a fazer com que, de uma vez por todas, as confusões naquela região deixassem de existir, pelo menos por um bom tempo. 

Café da manha, um banho bem demorado, dentes bem escovados e o vestido azul muito bem passado seriam o suficiente para que logo estivesse pronta para seguir em direção à estação de Oshibana, como havia sido indicado na missão que ali seria provavelmente o lugar onde eu encontraria aquela pecadora mortal e poderia então dar conta de executar o que a missão havia me solicitado: evitar que ela causasse mais qualquer tipo de problema naquele lugar.

Caminhando lentamente (a exatos três metros por segundo) em direção a estação, buscava reunir forçar o suficiente para um possível confronto que se formaria caso eu a encontrasse na região. 

Algumas pessoas estavam a comentar, ao longo da cidade, a respeito de toda essa situação: bagunças ocorrendo sem aviso prévio, pelo simples prazer de alguém que estaria, a essa hora, buscando por uma confusão. Não sabia ela que encontraria a punição por todos os seus pecados no dia de hoje.

Após alguns longos minutos de caminhada, logo pude chegar até o local indicado na missão, podendo também me deparar com a bagunça em excesso, ainda que o lugar aparentemente estivesse vazio, era possível sentir uma presença naquele lugar. Não era uma boa sensação, mas não era das mais fortes também. 

Eis que em algum momento pude ouvir uma voz gritar em minha direção

- NÃO DEVERIA TER VINDO AQUI, GAROTINHA.

Com um sorriso no rosto, virei-me a exatos oito metros por segundo, buscando a direão exata dos gritos que não foi tão dificil de encontrar, visto que o lugar estava completamente deserto, e as únicas presenças lá seriam a minha e a de uma mulher que aparentemente media cerca de um metro e sessenta de altura, cabelos longos e pretos como a mais escura das noites, e que não carregava nada em suas mãos - além do excesso de confiança.

Sem pestanejar, corri em direção a ela a exatos oito metros por segundo, segurando-lhe pelos cabelos, e puxando-a forte o suficiente para que seu rosto pudesse ir ao chão em um único movimento. Foi o suficiente para que ela pudesse estar agora desacordada. 

Não satisfeita, soquei-a algumas e repetidas vezes, visando apenas aliviar toda a tensão de ter saído da guilda (mais uma vez, o que já estava se tornando algo comum) para resolver os problemas que por tal humana haviam sido causados. 

Em seguida, levei-a ainda desacordada até as autoridades locais, para que pudessem se certificar de que ela não causaria mais nenhum tipo de problema naquele lugar. Enquanto caminhava em direção as autoridades, logo pude ouvir alguns gritos e sorrisos em agradecimento ao ato de ter me livrado (de uma vez por todas) da pessoa que estaria trazendo problemas para aquela cidade que até então era um lugar relativamente pacato, calmo e sem muita agitação. 

- Azazel! Eles parecem estar agradecidos. Pelo menos conseguem reconhecer que fizemos algo de bom por eles. Espero apenas que não se acostumem, afinal de contas: Humanos são pecadores e eu serei, um dia, a sua punidora. A ira dos céus recairá sobre todos eles e eu não terei pena de executar tudo o que for necessário para me certificar de que nenhum deles saia impune.

Murmurava tais palavras em um tom baixo o suficiente para que apenas eu pudesse ouvir. Após deixar a baderneira com as autoridades, seguiria de volta para a guilda.