[Treino de perícias] Manthrei

A floresta seria o lugar perfeito para que pudesse conhecer alguns tipos de animais selvagens e vislumbrar a ideia de que talvez um dia eu poderia ter um como animal de estimação [...]

Era uma manhã, mas não consigo precisar ao certo qual dia da semana estavamos. O dia estava aparentemente tranquilo. De imediato, eu não sabia ao certo o que poderia acontecer ao longo daquele novo brilhar do sol (que digasse de passagem, o sol não me fazia sentir muita alegria, mas a possibilidade de esttudar essa sim me fazia suspirar de amor)
Caminhando lentamente em direção a floresta mais próxima não demoraria muito para que pudesse ouvir os sons de algumas criaturas diurnas que estariam naquele lugar. Possiveis felinos, aracnídeos, serpentes, aves e alguns outros barulhos semelhantes aos de animais selvagens já podiam ser ouvidos e se tornavam mais intensos na medida em que eu iria adentrando cada vez mais na floresta em questão. 
O tempo passava devagar, e enquanto o relógio se arrastava ao longo do dia, pude observar alguns hábitos peculiares em cada um dos animais ali presentes e que se permitiam ver. 
Alguns macacos pulavam de galhos em galhos aparentemente buscando por frutas e pequenos animais para os servir como alimento. As cobras da região pareciam estranhas, confesso até que uma deles me chamou bastante atenção por possuir uma coloração verde-mar e algumas manchas douradas ao longo de seu corpo, mas ela não me deixou chegar muito perto para que pudesse compreender ainda mais sua forma de mover e viver naquele lugar.

A medida em que o dia ia passando, cada coisa parecia ter seu devido lugar: alguns animais pareciam se alimentar de outrose talvez isso seja o que conheço como cadeia alimentar. Ainda que tudo aquilo parecesse menos estranho do que parecia no exato momento em que eu adentrei na floresta, não estaria tão confiante ao ponto de não prestar atenção em cada movimento e barulho que ali se fazia presente.
Em dado momento, também foi possível ouvir alguns gritos que muito se assemelhavam a humanos, mas que eu não teria a audacia de ir verificar o que estaria a acontecer. 
- Eu não quero me meter na confusão de ninguém. Estou aqui apenas para aprender sobre a vida animal
Murmurava em um tom baixo o suficiente para que não pudesse ser ouvido por quem (ou o que) quer que pudesse estar presente naquele lugar.

Já era tarde quando a cobra que eu havia visto anteriormente havia se aproximado mais uma vez [...] Desta vez parecia estar mais calma, alguma coisa me fazia entender que já não precisaria mais ter tanto medo daquele animal e que de alguma forma ela também já havia entendido que eu não estaria ali para causar mal. Cerca de dez minutos parada e logo a cobra voltaria a se esconder no meio daquela floresta densa, fugindo assim do meu campo de visão.

Outros animais agora também faziam-se presentes: cervos pareciam se alimentar de grama, enquanto eram espreitados por uma espécie de leão que ali também estava. 
Em silêncio apenas observava o que estaria prestes a acontecer naquela região: o mais forte iria se alimentar do mais fraco e assim continuaria o ciclo para que pudesse ser mantida a vida naquela região. Logo o animal feroz atacaria o cervo em uma velocidade relativamente alta e estraçalharia todo o corpo do animal, separando partes como patas e alimentando-se delas. Após alguns poucos minutos outros quatro leões menores se aproximavam daquela cena e também se alimentavam do mesmo animal, aquilo definitivamente deveria ser uma familia de leões. 

Involuntariamente (e talvez por medo) logo passo a recuar de forma furtiva para que não pudesse ser notado naquela região (e possivelmente virasse comida de leão também) apenas para poder continuar minha caminhada pela floresta em busca de outro animais.

Agora já era noite, o clima estava aparentemente frio, ou melhor: menos quente do que durante o dia. E os sons de animais aparentemente fofinhos já não existiam mais. Uivos, galopadas, sussurros e gritos eram os barulhos mais comuns naquela mesma região. Confesso também que isto me causou certo espanto, mas não seria suficiente para me fazer desistir. Logo pude ver uma critura que muito me agrada aos olhos, aparentemente é um unicórdio completamente negro que possui asas. Ele parece caminhar calmamente em meio a toda aquela bagunça de sons, sem fazer qualquer tipo de barulho, com excessão de seus casos quebrando os galhos secos que estariam no caminho. Ele comia algumas folhas no lugar e mostrava-se ser uma criatura que estaria ali apenas para alimentar-se. E foi isto o que aconteceu, logo após estar aparentemente satisfeio, correu em uma velocidade relativamente grande, sumindo assim de meu campo de visão.

Após tais situações, eu apenas descansaria ali mesmo para que no dia seguinte pudesse retomar minha jornada.