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[ - RP FECHADA - ] Lua cheia, sol faminto
Fairy Tail Eternum :: Reino de Fiore :: Oshibana Town :: Zona central :: Sabertooth :: Arredores
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“E eles estão lá o tempo todo, você está tentando deixar ir, e eles não vão deixar você sozinho; não, eles não vão deixar você em paz.” |
Cameron consegue ouvi-los gritarem.
Suas vozes ecoam por cada aposento da casa a qual habitam.
A dor aguda que sentiam transpassava para a jovem criança de treze anos que chorava incansavelmente no forro de madeira convidando a enxaqueca a entrar. Nesse dia ela é como uma velha encarquilhada e retorcida, tocando a carne viva do seu cérebro com suas unhas desumanas. Cutuca os nervos expostos, conjecturando se deve fixar residência no crânio do loiro. Apenas se estabelecendo após o completo cessar dos ruídos, como um grandioso e constante lembrete de que aqueles eram seus pais, parentes estes que agora estavam mortos.
Não tivera coragem de descer, e sendo assim, não deixou o aposento apertado que encontrava-se. Não queria tornar isso real, não permitiria que fosse real. Ansiava pelos aparentados que tanto amava, e pouco entendia os motivos de magos das trevas desejarem pelo desaparecimento daqueles que traziam seu sangue. Suplicou para acordar, pediu continuamente para que tudo fosse um pesadelo, e que na manhã seguinte com o rosto cheio de lágrimas agarrasse os progenitores, gritando em seguida o quanto gosta deles e proferindo que nunca os deixará.
[...]
O céu morbidamente azul pendia acima da cabeça de todos os habitantes de Oshibana. A brisa quente de verão adentrava aos pulmões jovens e vigorosos ocasionando a uma sensação de queimação única. A impressão térmica que chegava a casa dos trinta era quase escaldante, apesar de estranhamente intensa a presente ocasionava a pequenos regozijos por parte daqueles que se mostravam expostos, convidando-os a explorar as aventuras que lhe eram destinadas para aquele dia.
Os olhos bateram suavemente diante o despertar em contato com os raios dourados e cegantes da luz do dia. Sobre sua testa uma fina camada de suor podia ser avistada. Estava ligeiramente desorientado e apenas por alguns segundos pensara que tudo não havia passado de um sonho, contudo, com o chacoalhar da cabeça as lembranças retornaram a perturba-lo através de imagens e sons vívidos; como quando monstros voltam a atazanar criancinhas em suas camas à noite, assustando-as devidamente, lembrando-as quem são e traumatizando-as para todo o sempre.
Haviam exatos três meses que deixara o lar de adoção que estivera por tantos anos e desde então passara a viver nas ruas efetuando serviços paralelos para conseguir sustento e alimentos, foi perante este mesmo período que destinara maior atenção a magia que percorria suas veias, identificando-se por fim como um mago celestial e passando a estudar então sobre a dita feitiçaria.
Seu corpo ainda se mostrava dolorido devido ao profundo sono que tomara em meio as ruelas imundas e obscuras de uma das principais ruas de Oshibana. Seu rosto infante consternava parte da população, essa citada que tomada por um súbito baque de lástima depositava moedas de pouco valor no papelão o qual outrora dormia, aceitara o dinheiro com um sorriso sublime, não se orgulhava de tê-lo feito, todavia, necessitava comprar alimentos e não havia lhe sobrado qualquer tostão da noite anterior.
[...]
Trajava roupas simplórias, as mesmas compostas de uma blusa rósea a qual lhe caia bem e era ligeiramente folgada, possibilitando assim maior mobilidade, já a calça era de um jeans claro quase branco, ainda que tivesse um suave azulado ela se mostrava adequada ao corpo; diante o passante da dita peça inferior encontrava-se ambas as chaves prateadas que continha no momento, agarradas devido um chaveiro, ainda ante a cintura um casaco dois números maiores do que o que realmente vestia, o dito continha tonalidade turquesa e adornava sua vestimenta, nos pés dois tênis rosados.
Decidira por si próprio adentrar a uma guild voltada a bruxos, tendo como principal escolha a Sabertooth, e esse era o motivo de caminhar por quase dois dias inteiros em direção a cidade. Visava através da mesma o enriquecimento de suas habilidades mágicas tal qual o acolhimento dos membros que já existiam naquela sociedade, buscando crescer com eles e consequentemente aprender com os citados.
Seus olhos verdes-água transluziam através dos arvoredos e as passagens rochosas que se estendiam por toda a travessia, o amontoado de plantas e casas luxuosas que inicialmente foram descritos como belas e instigantes pelo loiro se mostravam agora tal como uma tela em branco: desestimulantes, vazios e estranhamente desamparados. Seus pés doíam e suas costas traziam a mesma deficiência tendo em mente que possuía uma bolsa com as poucas roupas que continha.
Não demorara para que penetrasse os arredores da guild, podia escutar parte do barulho presente no edifício, apesar de ainda não identificar nenhum integrante disposto a atende-lo, permaneceu parado por alguns minutos, esperando por algo ou alguém que lhe chamasse a atenção, que lhe fosse minimamente convidativo.
Vida: 225
Poder Mágico: 175
Poder Mágico: 175
- Spoiler:
- Ao narrador: Esperar Tomoyo Mergurine (Tomie) postar para que assim ambos possamos participar da guild.
Cameron Dupont
Localização : Oshibana
Ficha de magos
XP:
(150/250)
HP:
(275/275)
MP:
(325/325)
Rank D
Novam Domum
"...e ela caminhou com as estrelas; elas sim eram suas semelhantes..."
Sob as douradas madeixas de Apolo, a passos lentos e ritmados, a figura da garota Tomie se movimentava por entre as folhas cadentes que contrastavam com o róseo de seus curtos cabelos. Vez ou outra, a menina ajustava sua armação, que, apesar de combinar com os traços delicados de seu alvo rosto, apresentava dimensões relativamente grandes, tendendo a escorregar de sua estrutura nasal à medida que Tomoyo se locomovia. Ela tinha uma expressão curiosa em seu rosto, algo semelhante à indiferença, mas não chegava nem perto de uma expressão apática: estava apenas imersa em seus devaneios.
* * *
“Ora, Tomoyo, venha banhar-se a luz da lua. Isso vai te acalmar, pequeno quartzo rosa.”
Tomie tinha poucas lembranças de como sua vida tinha se procedido. Apesar de ter uma mente muito equilibrada, suas memórias da infância tinham passado por um certo lapso. Ela lembrava de todos os momentos em que vivera com Madam Serena, a senhora que a adotara quando ainda era uma inofensiva recém-nascida. Recordava da saleta onde sua mãe costumava receber os clientes para leituras e previsões, e de como a senhora a ensinava sobre a cartomancia e sobre o comportamento dos astros. Aquilo a acalmava. Porém, quase como flashbacks, a mente de Tomie a trazia para um momento de desespero e choro, mas não sabia identificar que momentos da vida dela haviam sido daquela maneira. Sua mente apagara as memórias.
Pobre Tomoyo... Mal sabia de todas as situações torturantes que havia passado enquanto petiz. A menina, realmente, recebera muito amor e cuidado de uma senhora cartomante com traços ciganos, que a adotara e havia lhe proporcionado todo o conhecimento de mundo que tinha. Mas toda aquela figura afetiva era apenas um fruto de sua imaginação criada inconscientemente, era uma válvula de escape que seu cérebro criou para impedir que Tomoyo fosse tomada pela insanidade.
* * *
Tomie, levemente desorientada em meio a seus devaneios, acordava do transe. Sua mente fazia seu corpo inteiro doer, principalmente sua região pélvica. Era como uma nostalgia ruim, mas ela só conseguia lembrar da protetora Madam Serena a acalmando e chamando-a pelo seu apelido favorito: "pequeno quartzo rosa", que dizia respeito à cor de seus fios de cabelo, que cresciam, naturalmente, num tom rosé gold. A menina retomou o controle sobre seus passos, tentando se equilibrar sobre o chão irregular de pedras, enquanto admirava o ambiente onde se encontrava.
As roupas as quais a jovem trajava se mostravam intrínsecas à sua personalidade: única e afável. Usava, naquele momento, como peça principal, um vestido "witchy" de mangas curtas na cor preta, com a gola contrastante na cor branca. Era uma dos vestidos favoritos da garota, que apreciava a moda alternativa. Usava botas de vinil que cobriam seus tornozelos e tinham um pequeno salto. Suas meias iam até o joelho e, ao fim, tinham uma babado único e delicado, denotando vestígios das vestimentas vitorianas. Seus curtos cabelos estavam soltos, com exceção de sua franja, que estava preso à direita com um broche de libélula, igual ao de uma personagem que Tomie tinha um enorme apreço. Seus óculos arredondados eram vermelhos como cerejas maduras. Usava uma pequena bolsa na transversal, tendo esta um tom azul escuro e repleta de constelações douradas (combinando com a cor do fecho). Era nesta bolsa onde, naquele instante, ela guardava ambas as suas chaves prateadas, bem como alguns artigos de bruxaria. Em seu pescoço, usava um colar de ouro com um pingente de lua crescente, sendo considerado um de seus amuletos.
Depois de consideráveis metros caminhados, à procura da guilda onde desejava se ingressar, Tomoyo viu-se diante da silhueta de uma construção, que se projetava à sua frente. Esboçou um sorriso e fechou levemente suas pálpebras, quase que como uma reação de satisfação ao chegar ao lar. A expressão de Tomie permaneceu assim, principalmente depois que identificou uma figura diminuta e de cabelos amarelados que estava parada à frente do prédio da guilda. Talvez fosse um possível novo colega, e a garota acelerou os passos em direção a ele.
Tomoyo | HP: 225 MP: 175 |
▲
Tomie
Ficha de magos
XP:
(0/100)
HP:
(225/225)
MP:
(175/175)
Sem Rank
Narração guilda
- Já vai... - Uma voz masculina se projetou de trás da porta, seguida pelo som de passos, provavelmente de um par de botas ou sapatos sociais. A porta da guilda se abriu em frente ambas crianças, ao menos o bastante para uma cabeça sair, olhar para os lados e depois para baixo. Um homem de cabelos loiros, olhos azuis e expressão fria os atendia, sua pele era branca, seu rosto não apresentava nenhuma marca de qualquer tipo e seus cabelos longos tinham os fios devida e cuidadosamente divididos para os lados. - Que diabos vocês querem aqui? Não tem pão duro hoje.
???
Narrador
Admin
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