[Ficha] Blitz D. Mk.I

--------Reiniciando sistema. Ligando sensores. Escaneando as proximidades. Zero formas de vida detectadas. Escaneando banco de dados. Arquivo de memória encontrado. Executando arquivo.--------

Anos e mais anos de trabalho foram postos nisso, um modelo de Machina revolucionário, criado com a intenção de combater nas linhas de frente sem temer o uso de pulsos eletromagnéticos, contando com um revestimento que o ajudaria a aguentar poderosos golpes, dar de ombros, e devolver na mesma moeda, demolindo exércitos opositores, quase como um relâmpago, o que nos levou a nomear-lo Blitzen, derivado da palavra blitz, sendo a tradução ''flash''. Fora utilizada uma quantia absurda de recursos para a construção, mas tudo irá valer a pena quando vendermos o grandalhão, só precisamos de uma inteligência artificial... e é aí que tudo começa a ir para o ralo.

Não queríamos usar uma inteligência artificial qualquer, o medo de hackearem Blitzen era grande demais, então, tentamos inovar novamente, criando uma IA resistente a invasões, no entanto, não tivemos nenhuma sorte, todos os testes demonstravam falhas atrás de falhas. Ou será que estávamos apenas sendo arrogantes? É uma grande possibilidade. Fomos até o governo com um pedido perigoso, queríamos os recursos para criar uma forma de colocar a consciência de alguém dentro do corpo robótico, ligando-a a um protocolo que a obrigaria a seguir ordens, dentre outros protocolos de segurança. Eles se interessaram na ideia, ter um cavaleiro do conselho ali dentro poderia preservar uma mente experiente em um corpo que não envelheceria tão facilmente. Ganhamos alguns recursos, com a promessa de que venderíamos o Machina para o conselho. Acho que nos enforcamos naquele exato momento.

O trabalho começou mais uma vez, estávamos confiantes, não pretendíamos se quer dormir. Te asseguro, nosso sangue já deveria ter o mesmo efeito do café, acho que bebíamos por puro prazer, já que a necessidade já não devia existir mais. Foram cinco anos de trabalho, mas conseguimos, estava pronta, tanto a IA quanto o computador que usaríamos para a transferência, precisávamos apenas do ultimo componente, alguém que esteja disposto a deixar seu corpo e tornar-se uma máquina... pelo resto de sua existência... e provavelmente sendo obrigado a servidão... é, pensando bem... isso vai ser bem complicado.

--------Fim de transmissão. Escaneando. Arquivo de áudio encontrado. Executando.--------

- Fomos atacados, uma guilda ilegal descobriu sobre o projeto. Alguém nos traiu... Este áudio será seu guia, %#$@!?. Quando despertar, junte-se ao conselho e procure pelo professor Rando. - Uma forte estática bloqueava a voz do homem. - Sinto muito por suas memórias, velho amigo, não pude preservar todas, mas, ao menos, me recusei a instalar aquela inteligência artificial em você. Juro que darei minha vida para proteger nosso trabalho.

--------Fim do áudio. Reinicialização concluída. Todos os sistemas operantes. Desperte, Blitzen Donner Mark I.--------

Meu despertar não fora dos melhores, estava tudo escuro, se fosse humano, minha cabeça provavelmente estaria doendo. Aqueles arquivos apontavam coisas das quais tinha uma forte impressão de que deveria saber, mas meu banco de memórias estava mais embaralhado que um baralho de cartas. Não me lembrava de um nome, além do nome dado a este corpo mecânico,Blitzen... teria eu realmente trabalhado nesta coisa? Bem, de qualquer forma, acho que o jeito será aceitar esta identidade. Agora... só me falta sair deste confinamento, a escuridão está fazendo mal a meus sensores de visão. Acho que um empurrãozinho deve dar cabo de meu predicamento. Sem muito controle de minha força, acabava por estourar as trancas de segurança, derrubando a ''tampa'' de aço, levemente enferrujada pelo tempo, a alguns metros de mim, levando minha mão instintivamente até a cabeça. Me encontrava dentro de um laboratório tomado por vinhas, musgo e pequenas pragas animais, como ratos e baratas. Computadores queimados me rodeavam, assim como o piso completamente destruído, portas com claros sinais de arrombamento e até mesmo queimaduras muito velhas. Tudo estava escuro, mas não era nada que um pouco de eletricidade natural não resolvesse. Na verdade, era até estranho o fato de me lembrar de ter proezas mágicas, mas não lembrar de meu nome ou do nome que ouvi naquele arquivo de áudio.

Com uma rápida análise de ambos os arquivos, ao que parece, faziam pelo menos cinquenta anos desde a instalação dos mesmos. Pelos deuses... parando para pensar... quem seriam os deuses? Me lembro de dizer isso bastante, mas não consigo lembrar se acreditava em tais coisas ou não... seria ofensivo continuar usando sem saber? Ah, isso não é importante no momento. Me locomovi por meio do laboratório arruinado, passando por corredores e alguns andares, sempre subindo, coisa que não era bom sinal. Por fim, me encontrava de frente com uma porta selada, um deslizamento de pedras... olhei para minhas mãos, então para as grandes rochas. Cerrava os punhos, começando a socar as rochas, era bem fácil quebra-las, será que elas sempre foram assim? Me lembro de serem bem resistentes, mas não tenho certeza de mais nada. Ao quebrar a ultima rocha, finalmente me deparava com a luz do dia, levando uma mão para a frente de meus olhos, meus sensores estavam bem sensíveis pela falta de calibragem ou uso... ou será que foram feitos para imitar a sensibilidade dos olhos humanos? Uma teoria de um semi-amnésico. Seguindo vagas lembranças soltas, me dirigia a um local no qual esperava encontrar civilização. Nunca se sabe o que pode acontecer em cinquenta anos.

Força Física: 4
Resistência Física: 4
Força Mágica: 3
Resistência Mágica: 4
Velocidade: 8 m/s

Perícias: ( escolha 2 perícias )
- Engenharia de Machina
- Prestidigitação
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