[Entrada] O Mar Estrelado

The Beginning of a Star!

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Areia para todos os cantos: a paisagem era redundante e cansativa. Estava para ficar cega com o sol, que irradiava fortemente sobre todo o local. Era possível perceber a luz sendo refletida pelas pequenas partículas dos grãos de areia. Mas não estou surpresa com tamanho desconforto, era o de se esperar de um deserto.

Mas esse era um grande dia. Antes de me desvincular dos demônios que me criaram, fui aconselhada a encontrar uma associação —  uma guilda —  para poder ganhar forças e seguir com meu propósito. Claramente ainda sou fraca para enfrentar aqueles que desejo derrotar. Difícil admitir isso, no entanto preciso ser clara: é a finalidade da minha vida.

Solto um breve suspiro ofegante, mais pelo tédio do que por cansaço de estar andando por ali.

Meu destino é claro: Grimoire Heart. Trata-se de uma guilda ilegal. Provavelmente, filiando-me a ela conseguirei o que desejo. E realmente não me incomodo com a questão de ser ilegal, porque eu não ligo para as regras do Conselho Mágico. Espero poder rir de seus decretos.

— Ah... devo estar perto. — Murmuro colocando minha mão direita sobre a testa para amenizar a luz que me cegava.

Continuava a caminhada rumo a base da guilda. E sendo bem sincera, não sei ao certo como achá-la, apenas sinto que estou no devido caminho. Minhas únicas certezas são: a guilda está no deserto, e eu também.

Observações:

Thanks Panda

Why there's no water?

De todos os lugares que já havia pisado, nenhum havia deslumbrado tanto meus olhos. O local é repleto de areia e estava um dia excepcionalmente ensolarado, fazendo gotículas de suor escorrerem pelo meu pescoço. Não era uma paisagem esplêndida, mas, de longe, era diferente de tudo que já havia visto. Até porque, estava acostumada com a cidade portuária, repleta de água e um ar salino.

Uma usuária de water magic em um deserto, rio sozinha com o pensamento. É inusitado, exatamente o que eu queria.

O calor do deserto é impiedoso, me pergunto se eu, um dia, caso eu conclua meu objetivo, irei me acostumar com a sensação quente em meus pés e o ar seco que passa por mim. Continuei andando alegremente, porém. Uma pessoa havia falado pra mim que eu nunca deveria vir para estas partes do deserto porque, dizendo ele, "as pessoas de lá não buscam o bem, é muito perigoso, você jamais deve atravessar". Todavia, foi exatamente a decisão que eu tomei sem nem mesmo pensar duas vezes: procurar a Grimoire Heart.

— Mas, sabe, podiam ter colocado algumas placas, alguma coisa na paisagem. Sinto que não estou chegando em lugar nenhum. Se aquele velho mentiu pra mim... — Reclamo pra ninguém em particular.

Me manteria em passos firmes para encontrar tal guilda, imaginando como seria tal construção e como seriam as pessoas que ali participam.

The Beginning of a Star!

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A árdua caminhada continuava, parecia não cessar. O sol já começa a me irritar, e isso me faz implorar pela certeza de acreditar veemente que essa peregrinação vai me recompensar, do contrario, bem, acho que darei um chilique no meio do nada mesmo, ou acertarei com força o primeiro ser que passar pela minha frente.

Numa súbita virada de cabeça avisto o que parecia ser uma silhueta formando-se no horizonte. A penetrante luz do sol e o calor estavam distorcendo o meu campo de visão. Esfrego os olhos numa tentativa de limpar minha vista para enxergar com clareza. Começaria a me aproximar daquela figura que aos poucos iria tomando uma forma mais concreta.

— Será uma miragem ou isso é mesmo uma pirralha? — Indago ao analisar a figura dos pés a cabeça: uma garotinha que parecia estar por volta dos 15 anos, cabelos loiros amarrados por elásticos formando um penteado bem de pivete.

Ficaria a uns dois metros de distância da garota.

— Ei, o que uma criancinha faz aqui? Seus pais te perderam... ou te abandonaram? — Digo em alto timbre, com tom de sarcasmo e uma pitada de deboche ao chamá-la de criancinha.

Logo soltaria um irônico sorriso de canto de boca, com uma mão na cintura e a outra apoiando dois dedos nos lábios. Era algo tão inusitado e inesperado. Quem diria, vim a procura da guilda ilegal e me deparo com essa criança. Talvez seja o destino querendo me recompensar com um pouco de diversão após esse impiedoso passeio no deserto.

Thanks Panda

Oh... am I dead?

Comecei a acreditar fortemente que iria morrer aqui mesmo, nas areias escaldantes de um deserto monocromático. Não conseguia enxergar muito bem, o calor emanava do chão fazendo meus olhos se confundirem com as ondas oscilantes. Meus olhos claros custavam a se acostumar com a luz, então não conseguia os abrir por completo.

E foi por este motivo que, quando observei uma silhueta se aproximando, esfreguei várias vezes meus olhos, na possibilidade de ter ficado insana. Tal forma se aproximou, parando a uma distância razoável de mim e, assim, pude observá-la bem: uma garota de aparência jovem, porém um corpo deslumbrante. Seus cabelos eram de um dourado que combinavam perfeitamente com as dunas aos nossos pés. Seus olhos me fitavam, fazendo-me surpreender com o contraste das cores intensas.

— Ei, o que uma criancinha faz aqui? Seus pais te perderam... ou te abandonaram? — Ela diz, sorrindo levemente.

Neste exato momento, tudo fez sentido em minha mente. Olhei para minhas mãos, virando-as enquanto concluía o que havia acontecido.

— Ah, eu morri.— Digo suspirando, batendo minha mão em formato de punho em cima da outra. Olho para a garota à minha frente, que agora concluí ser algo como um anjo — Não achei que vocês usassem roupas tão casuais, as pessoas podem ficar confusas, sabia? Obrigada por se preocupar comigo! Na verdade, eu perdi meus pais propositalmente mesmo mas enfim, não vem ao caso.

Dou uma ultima olhada ao redor. Não sabia que morreria assim em um local tão... vazio. Provavelmente até o final do dia meu corpo estaria frito pela temperatura do deserto.

— Então, nós estamos indo agora? — Digo, voltando minha face novamente para tal criatura. Tento dar um passo a frente para chegar mais perto dela, porém meus pés erram seu caminho, fazendo-me tropeçar em uma duna de areia e colidir com a garota.

Mas, espera. Tropeçar? Como eu tropecei? Pensei que eu estivesse morta, não haveria nenhuma possibilidade de ter acontecido isso. Olho confusa à minha frente, meus braços, agora apoiado nos dela.

— Espera, eu consigo te tocar? — Digo confusa, me afastanto um pouco dela. — Eu não estou morta? Mas...

Bato um pouco a areia das minhas roupas e volto a fitar a garota. Eu acabei de tocá-la, isso significa que não estou morta. Mas então, quem é ela? O que alguém como ela faz aqui?

— Com licença, posso só conferir uma coisa? — Digo movendo minhas mãos para tocar seu cabelo, o puxando levemente.  — Interessante, aliás seu cabelo é muito bom. — Movo-me novamente, colocando minhas mãos em suas bochechas e mexendo — Ah, seu rosto é real também! Aliás, parabéns, cuide muito bem dele. Agora só preciso de mais um teste... — Digo, me direcionando ao lado de um de seus braços, a beliscando através das roupas. — Ah, você é real! Olá ♡  

Mas o que ela estaria fazendo aqui? Ela parecia elegante demais para alguém que estava no deserto nesta hora do dia.

— Ah! Acho que entendi! — Digo animada, quase que gritando. — Você é uma modelo certo? Veio tirar fotos no deserto? Woooow ~ deve ser legal ganhar dinheiro por isso. Onde está sua equipe? .... você deve ter que voltar para lá ne? Eu vou com você — Digo, aguardando sua resposta.

Spoiler:

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— Mas... o quê? — Questiono retoricamente, incrédula com as barbaridades que vi e sofri pela garota.

Essa menina... ela... tá ficando louca? A cada aproximação, a cada toque, a cada respiração perto de mim percebo meu coração pulsar de ódio. Como se já não bastasse o calor do ambiente, sinto meu corpo esquentar-se ainda mais, é como se com um rugido eu pudesse incendiar uma cidade! Isso tudo porque essa menina conseguiu tirar minha paciência com tamanho atrevimento.

— Você tá ficando louca? Sua pirralha insolente. Tire as mãos de mim!

Que conversa mais sem pé nem cabeça que essa menina estava dizendo. Primeiro pareceu não entender meu tom de sarcasmo, depois tropeçou, bateu seus pés nos meus, puxou meu cabelo e ainda teve a audácia de me beliscar! Ela realmente não tinha escrúpulos, mas eu não iria deixar essa garota sonsa sair impune.

— Agora você vai ver só, sua pivete! — Exclamo, com um semblante raivoso estampado no rosto, aproximando minhas mãos como garras em sua direção.

Aproveitaria seu penteado que repartia seu cabelo em dois e seguraria ambas as partes, logo pisaria em seu pé direito como forma de segurar seu corpo para puxar seus cabelos. Em seguida daria dois beliscões com bastante vontade em suas bochechas, até que ambas ficassem avermelhadas assemelhando-se ao rubor de um tapa.

Obs:

Thanks Panda

What a bad mood ~

Fico confusa com as indagações da garota à minha frente. Ela não estava me ajudando? Não entendo mais. Ela parecia muito irritada agora, seria pelo calor do ambiente?

Concordando com seu semblante irritado, suas ações a seguir foram puxar meus cabelos e me beliscar. Reclamo com o incômodo dos meus fios estarem sendo distendidos e sinto minhas bochechas arderem.

— O que você pensa que está fazendo também? Seu temperamento é muito ruim!!! — Grito na frente dela, dando poucos passos para trás.

Tudo bem que eu havia beliscado ela e feito outras coisas também, mas nossa, que mau humor! Estava pensando o que fazer em seguida, a minha melhor opção era dar meia volta e continuar meu caminho sozinha para encontrar a guilda das trevas.

Penteio meus cabelos levemente com os dedos para fazerem estes voltarem a seu caímento natural, antes pouco emaranhados por causa dos puxões. Volto a falar uma ultima coisa antes de ir embora

— Você não me deu nenhuma informação aliás. Você parece uma modelo, mas pelo jeito que reagiu e blablabla não acho que seja. O que você está fazendo no meio do deserto também? EU NÃO ME IMPORTO MAIS. — Digo irritada e de maneira infantil, começando a dar passos para desviar da garota e seguir meu caminho.

— Eu posso achar essa guilda sozinha, não vou deixar ninguém estragar minha jornada. — Resmungo baixinho. Como se não bastasse o calor, agora a pele do meu rosto também queimava. Porém, acredito não estar muito longe do meu objetivo, então continuaria meu caminho, ignorando o que havia acabado de acontecer.

Spoiler:

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A garota tomou distância de mim e começou a fazer uma birra. Não poderia esperar mais de uma menininha com xuxinhas no cabelo. Mas bom que ela se afastou.

— Parecem estar procurando algo, garotinhas... — Uma voz chega subitamente fazendo-me virar o pescoço para ver o que era: um homem pálido com longos fios de cabelos desajeitados sobre seu rosto. Sua presença conseguia arrancar-me calafrios em meio ao deserto de tão vazia e frívola que conseguia ser. Era como se eu estivesse deparando-me com alguém que já morreu, não conseguia sentir aquele calor de vida. — O que as trás a um lugar tão perigoso? — ele continuou na mesma medida que se aproximava.

Esse sentimento estranho que esse homem provocava deixava-me quase presa ao chão, como se eu não tivesse a opção de fugir dali. Contudo, eu já vivi vários medos na pele, bem como sofrimentos, terror e ódio. Esse homem não me dava medo, apenas uma estranheza com essa falta de vida. E pensando bem, ele não deve ser qualquer um, não aparenta ser um pobre nômade vindo pedir ajuda no meio do deserto. Com esse ar, esse tom, essa presença estranha, e essas palavras, só pode significar que estou perto de onde queria chegar.

— Eu vim atrás da Grimoire Heart, a guilda ilegal que se encontra neste deserto. E pressuponho que você saiba onde fica.

Com um olhar determinado e tom resoluto conclui meus pensamentos em minhas falas. Aquele homem, provavelmente, sabe onde fica a guilda, e até mesmo arrisco-me a deduzir que é um membro dela.

Observações:

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Zombie man

Prestes a ir embora, um homem, cuja presença nem eu nem a tal garota tínhamos notado antes, apareceu, parecendo não ter vindo de lugar nenhum. Sua aparência era fria, até mesmo triste. Se aproximava com passos firmes, falando em um tom tão apático quanto sua aparência:

- Parecem estar procurando algo garotinhas... o que as trás a um lugar tão perigoso?

Não sabia ao certo o que pensar sobre ele, o dia não estava sendo feito de coincidências. Ainda mais, coincidências em um local tão mórbido e caloroso onde estamos. Antes que pudesse falar algo, a outra garota respondeu, firmemente:

— Eu vim atrás da Grimoire Heart, a guilda ilegal que se encontra neste deserto. E pressuponho que você saiba onde fica.

Aparentemente, ela estava procurando o mesmo lugar que eu. Mesmo que ela não houvesse simpatizado comigo, um sentimento recíproco, acredito que se fizéssemos um acordo poderíamos encontrá-la mais rápido. Ela está inferindo que o tal homem conhece a localização da guilda, não posso perder a oportunidade também.

— Eu também procuro a Grimoire Heart. Se você sabe a localização, como ela disse, o que precisamos fazer em troca, então? —  Digo, cruzando meus braços. Sabia que poucas coisas na vida vinham de graça, ainda mais uma informação da qual, obviamente, precisávamos muito.

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A menina pareceu se apoiar em minhas palavras, ela também estava a procura da Grimoire Heart. Surpreende-me uma garota dessa aparência e ingenuidade querer entrar numa associação dessas, o que me leva a questionar se ela realmente sabe do que se trata. Talvez, porém, ela seja mais interessante do que eu havia julgado, será ela então também é uma maga e não só uma pirralha perdida no deserto? De certa forma sua atitude faz-me repensar sobre meu primeiro julgamento. Interessante.

— Afirmar isto aqui pode não ser uma boa ideia... — O homem respondeu-nos calmamente. Pausando e vagando seu olhar pela paisagem. — Me matem! — Exclamou, concluindo suas palavras com um olhar fixado em nós.

Definitivamente, ele não era qualquer um. Muitas coisas podem passar em minha mente agora, que, ele sendo ou não da guilda, certamente é poderoso o bastante para além de ter essa forte e inusitada presença, ser audacioso dessa forma em suas palavras. Sem contar que, em sua fala "afirmar isto aqui pode não ser uma boa ideia", ele mostra saber que tem algo aqui, pelo menos é o que me leva a crer. Caso contrário, ele não teria dito "afirmar isto aqui"...

Com tantas concepções e suposições, concluo que sim, ele deve saber onde está a guilda, ou... ele é só um louco no deserto com a mente afetada pelo sol, algo que combina com a desigualdade dos seus fios de cabelo. Mas não creio que seja isso, prefiro apostar na primeira opção.

Mas e agora? Saber se ele é membro ou não, se ele sabe ou não sabe, não soluciona o empasse que ele acabou de criar. O que ele quer da gente? Que nós realmente tentemos ataca-lo? Não pode ser... esse homem deve ser mais forte. Não vou apostar minha vida em suas palavras. E acredito que seja mais inteligente armar minha guarda e esperar um movimento seu. Pois se ele quer uma luta, então que venha atrás. Não irei sujar minhas mãos só porque é o que ele parece querer.

— Bem... — pronuncio-me num tom manso, dando uma lenta piscada olhando para uma das várias dunas que estendiam-se pela paisagem. — Você quer ser morto? Então, que comece você a sua morte.

Olho-o fixamente em seus olhos, e cautelosamente escorregaria minha mão direita sobre a lateral direita de minha cintura, preparando-me para usar minha chave celestial caso preciso.

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just kill me

— Me matem! — Disse o homem, olhando fixamente em meus olhos.

Interrestante. Primeiro, sua presença estranha no deserto e, então, uma ordem para que tiremos sua vida. Nunca havia conhecido alguém assim, até por ser um homem completamente sem vida e com intenções inconclusivas.

— Bem... Você quer ser morto? Então, que comece você a sua morte. — a garota ao meu lado diz, confiante.

Não havia muito o que eu fazer aqui, porém não podia abaixar minha guarda. Após esta provocação, havia possibilidade de uma ação ofensiva por parte do homem, da qual não tenho nenhuma informação e provavelmente, no meu nível atual, não seria capaz de enfretar.

Nada dizia que a garota estava do meu lado também. Mesmo que nossos objetivos sejam os mesmos, tenho certeza que, se ambos começarem uma briga, ela mal lembrará da minha existência.

Mas, se ela estava provocando tal homem, significa que ela tem habilidade pra isso. Seria ela uma maga também? Senão, ela é completamente louca.

Manteria meu olhar firme no homem. Não tenho nada a perder, não tenho para onde voltar e muito menos preocupações em alguém se lamentando pela minha morte. Estava curiosa para onde esta situação nos levaria, então entrei no jogo, dizendo com um sorriso:

— Pode vir.

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A garota acompanhou-me novamente. Após nós duas batermos de frente, um tenso silêncio dominou o local por alguns instantes. Minha mão começaria a soar por cima de minha chave, e sentia minha respiração cada vez mais pesada.

— Er... não, perdi o interesse... — O estranho homem respondeu, dando as costas em passos lentos.

Quê?! Como assim ele perdeu o interesse?! Após toda essa tensão, depois de tudo o que foi dito e o que eu senti. Não fiquei aflita atoa! Ele não pode simplesmente me menosprezar dessa forma! Eu sinceramente não sei mais quem é esse homem, mas pouco me importa, o que eu sei é da raiva que ele conseguiu me provocar. Esse cara acha que facilmente vai dar as costas pra mim?! Ah, quer saber? Se ele realmente quer que nós o matemos, então que seja feita a sua vontade.

— Aonde você pensa que vai?! Não ouse dar as costas pra mim!

Com minha mão direita já preparada, retiro a minha chave celestial do apoio lateral de minha saia, e com ela desfiro um rastro luminoso no ar.

— Abra! Portão dos Peixes Emparelhados, Pisces!

Assim invocando meu espírito celestial de ouro: Pisces. Trazendo-os em sua forma de peixe: duas enormes criaturas capazes de voar e com alto poder de impacto. Ambos, atendendo ao meu chamado, estenderiam-se ao céu a aproximadamente cinco metros de altura e juntos desceriam em um rasante com sua velocidade máxima contra o estranho homem. Dessa forma com a intenção de acerta-lo no tronco com duas tremendas cabeçadas.

— Gyu gyu! — Pisces gritaria no ar durante o princípio de seu ataque.

— Garota, eu não sei do que você é capaz. Mas o que puder fazer para concretizar esse ataque será de tremendo deleite para mim. — Diria, no começo da ação de Pisces, para a menina, porém sem tirar os olhos do homem. Pretendendo assim que, caso ela seja capaz, também o ataque.

Considerações:

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just kill me

- Er... não, perdi o interesse... — O homem diz, afastando-se de nós.

Ah, essa é minha fala, não vá roubar de mim. Porém, fazendo isto ele só me deixava com mais curiosidade, seria seu objetivo nos testar? Verificar se temos coragem suficiente para enfrentá-lo? Pois que assim seja.

Antes que pudesse tomar uma ação, a outra garota exclama:

— Aonde você pensa que vai?! Não ouse dar as costas pra mim!

Ela parecia irritada pelo homem ter nos ignorado. Ela parecia determinada e, com essa emoção, proferiu as palavras:

— Abra! Portão dos Peixes Emparelhados, Pisces!

Um círculo mágico se abriu, uma luz deu origem a dois grandes, digo, enormes peixes no ar acima de nós. Eu já havia ouvido falar de tais criaturas: eram esopíritos estelares, uma chave de ouro, o que fazia da garota uma maga de celestial spirit magic.

— Garota, eu não sei do que você é capaz. Mas o que puder fazer para concretizar esse ataque será de tremendo deleite para mim. — A maga diz.

Não tinha tempo para me fascinar agora. Percebi, pela altura que a garota havia chamado seus espíritos, que seu objetivo seria fazer uma investida no homem. O que eu poderia fazer para ajudar? Pense pense pense ~

Não o conhecemos, então sua velocidade é desconhecida também. Ele pode ser rápido, ágil e possivelmente desviar dos ataques dela.

Aproveitaria-me do ambiente em que estamos, um deserto, para invocar certa quantidade de água abaixo dos pés do homem, em um raio de aproximadamente 10 metros. A água, em contato com a areia, formaria lama em poucos segundos, penetrando profundamente por causa da grande quantidade no solo.

Meu objetivo seria dificultar sua locomoção para que, assim, o ataque dos dois peixes tivesse uma probabilidade maior de ser efetivado. Me manteria concentrada e tensa pelo que estaria a seguir, por isso, não falando nada também.

Considerações:

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A menina permaneceu em silêncio, no entanto, por estar com meus olhos fixados no homem, percebi que a areia por debaixo dele começou a umedecer-se. Ela seria então uma maga da água? Ao mesmo tempo, o corpo do homem parecia mudar, como se estivessem crescendo pelos e garras.

Em seguida, Pisces acertou o terreno, levantando uma densa massa de poeira no ar com o impacto. Como tudo foi muito rápido, não pude ver exatamente o que estava acontecendo com o homem. Mas será que o ataque o acertou então?

A poeira abaixava e nada do homem. Os peixes permaneciam no ar sobre a área de impacto também confusos com o desaparecimento dele.

— Poderia ter feito isso do começo... — Era aquela serena voz calmamente em meu ouvido. Poderia sentir o toque de sua mão em meu ombro. Então, o homem desviou de tudo e estava agora atrás de mim! — Você tem o potencial, como um diamante não lapidado... — Ele continuou. Estava me elogiando depois de todo o ocorrido? Ele consegue ser mais cínico do que eu.

— E você é... engraçada... então porque não? Sou Kaname, me acompanhem e... escolham logo onde querem a marca.

Como suspeitava, esse homem tanto sabe onde é a guilda como também é um membro dela. Então, parece que tudo o que ele queria era nos testar, para saber se temos o perfil de uma guilda ilegal.

— Pisces, obrigada. — Diria apontando a chave de ouro para meu espírito, fechando seu portão.

— Gyu gyu! — Responderiam desfazendo-se em uma luz dourada, voltando para o mundo celestial.

— Escuta, eu adoro uma boa abordagem de um homem, mas acho que poderia ter vindo com um pouco mais de carinho... — Diria para Kaname, fitando-o com meu olhar. — Me chamo Blair, e foi um prazer ter você sussurrando em meu ouvido. — Ele era bonitinho, dava pra se divertir.

Bem, ele quer saber onde ficam as nossas marcas, e eu já estava preparada para isso. Toda guilda que se preze tem seu símbolo para marcar seus membros, como prova de quem faz parte. Grimoire Heart não seria diferente.

— A marca da guilda quero no pescoço, do lado direito... mas depois pode deixar uma marca sua em outro lugar... — Daria um breve sorriso de canto de boca para Kaname.

Considerações:

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did it

Ambos os peixes deram um razante para onde se encontrava o homem. Tudo aconteceu muito rápido, uma grande poeira foi levantada, me fazendo tossir levemente e fechar os olhos para que não me atingisse.

Ouço a voz do homem próxima de mim, observando que, agora, ee se encontrava atrás da maga celestial, dizendo algo para ela da qual não conseguia ouvir. Até que, ele se vira pra mim, dizendo:

— E você é... engraçada... então poque não? Sou Kaname, me acompanhem e... escolham logo onde querem a marca.

Primeiramente.

Ele me chamou de engraçada? Eu não estava tentando ser engraçada aqui, tudo que eu fiz foi absolutamente em sã consciência, bufo estressada.

Agora, voltando ao meu objetivo, isso significava que consegui entrar na guilda? Meu semblante irritado rapidamente se desmancha, esse era um grande passo pra mim, algo que eu tinha conseguido sozinha... okay, quase sozinha.

A garota agradece aos peixes, cujos respondem com um barulho estranho. Assim, o portão estava fechado.

— Escuta, eu adoro uma boa abordagem de um homem, mas acho que poderia ter vindo com um pouco mais de carinho... Me chamo Blair, e foi um prazer ter você sussurrando em meu ouvido. —Ela diz logo em seguida, nítidamente provocando o homem. — A marca da guilda quero no pescoço, do lado direito... mas depois pode deixar uma marca sua em outro lugar...

Tusso de leve, cruzando meus braços de novo.

— Me chamo Alya, gostaria da marca da guilda na minha cintura... e vocês gostariam de um quarto? Podemos deixar vocês no caminho.— Digo, ao ver aquela cena.

Considerações: